Arte de "A chegada em Darkover", por George Barr, editada. Download: original; versão editada
Darkover já possuía vida inteligente quando a nave do comandante Leicester caiu no planeta. Algumas delas humanóides, outras não. Segue as informações sobre cada uma dessas raças e algumas que se desenvolveram mais tarde.
Arbóreos
Também chamados de Povo das árvores. Raça semi-arbórea de vegetarianos que construiram grandes cidades nas árvores altas de Darkover. É uma das primeiras raças com as quais alguns terráqueos da nave acidentada na descoberta do planeta têm contato. A sua população sofre quando os seres humanos vivem nas redondezas, tinham medo do fogo, mas aprenderam a manipulá-lo com a ajuda de Lerrys Montray e Kennard Alton.
As fêmeas que não se unem a uma família formam bandos que vagam pela floresta e atacam os viajantes.
Também são conhecidos por transportar uma doença cíclica de 48 anos de espécies cruzadas, conhecida como Febre de Caravana, Febre de 48 Anos ou Febere dos Arbóreos. A doença é leve em no povo das árvores e muitas vezes é fatal em seres humanos. Os surtos mais famosos se passam no governo de Regis Hastur e na Regência de Domenic Alton-Hastur.
Chieri
O termo respeitoso, quase ritualístico, usado pelo Comyn para falar deles é Shaya-i-Kihu (casta) que significa "filho da graça" ou também "filho da luz".
Foram uma das primeiras espécies que os exploradores terráqueos encontraram. São uma raça com uma longa idade de vida, seis dedos, estatura elevada, pele pálida, olhos prateados ou dourados e longos cabelos dourados ou branco luminosos, telepatas e com uma fisiologia semi-hermafrodita, andróginos ou sem sexo, mudando de gênero dependendo da necessidade. A sua raça está à beira de extinção devido às baixas taxas de fecundidade, o que parcialmente se resolve pela relação sexual com humanos, gerando híbridos férteis (como os membros do Comyn, por exemplo) e inférteis. Quando em seu estado natural de gênero são conhecidos como emmasca, geralmente quando eles acham um companheiro, seja masculino ou feminino, isso causa uma mudança para sexo o oposto, de modo que a relação sexual e a procriação possam ocorrer.
Na época de "A chegada em Darkover", eles eram uma raça moribunda, que viajou pelas estrelas procurando novos mundos para aumentar seus domínios e depois para se salvar já que Darkover estava esfriando e seu sol morrendo. No entanto, com o aumento das baixas taxas de natalidade apesar de todas as pesquisas, decidiram aceitar seu destino de extinção e voltaram para Darkover onde pretendiam morrer. Como vivem centenas e milhares de anos, muito tempo nesse estado de aceitação se passou até a nave de Leicester cair no planeta.
O laran do Comyn também se origina com os Chieri. Eles possuem incríveis habilidades psíquicas que foram transmitidas aos humanos devido ao cruzamento entre eles. Os chieri precisam estar na estação do acasalamento para se reproduzirem entre si, mas pelos chieris não estarem no mesmo ciclo, seus números começaram a diminuir. Um efeito semelhante também aflige seus filhos-descendentes humanos, onde eles não sentem o forte impulso sexual para a relação e procriação.
Uma curiosidade interessante é que, na época em que os chieris viajavam pelo espaço sabe-se que eles estiveram na Terra em algum momento e que foram ancestrais dos humanos. Os fãs de Bradley que leram a saga Atlântida-Avalon sabem que há muitas semelhanças entre os antigos habitantes e as crenças dos atlantes com os chieris, o que torna muito provável que a própria sociedade atlante seja o último resquício dos chieris que estiveram na Terra.
Chieren do mar
São uma espécie de Chieri marinho (chamados de 'Chieren) que aparecem nas antologias de Darkover, no pequeno conto chamado "Sal".
Eles possuem olhos enormes numa face achatada e redonda, seis longos e finos dedos com unhas que apresentam pequenos pontos azuis e uma frágil teia que liga os dedos. Também possuem guelrras pequenas na base do pescoço. As mulheres chieren desenvolveram uma doença rara que as debilitavam, não podendo ter filhos e com isto essa espécie está próxima da extinção. Aparentemente só as mulheres Aillards podem se comunicar com os chieren e podem ter crianças híbridas com eles. Dessa maneira as mulheres Aillards mantém o fluxo de sal e peixe para Darkover, em troca de crianças para os Chieren.
Cralmac
Os cralmac's são uma raça semi-inteligente criada artificialmente por seres humanos durante a Era do Caos a partir de exemplares do povo das árvores alteradas com DNA humano. Os cralmac's são servos de laranzu ou leronis nas Torres por possuírem algum laran e poderem atravessar o Véu. Diz-se que esses são os únicos humanos com os quais conseguem manter contato devido a seu estado hiper-sensível que um trabalhador matricial pode suportar. Há um velho ditado sobre eles:
"Ninguém se importa com o sexo de um cralmac, exceto outro cralmac."
Homens-gato
Uma raça não-humana parecida com enormes gatos nativa de Darkover, Os homens-gato são mamíferos e territorialistas. Eles são conhecidos por possuir um laran primitivo, fazem comércio com os habitantes das Cidades Secas e atacam os viajantes. Foram responsáveis pelos principais problemas perto de Armida em "A espada encantada" e uma vez tentaram cobrir os céus de Darkover com trevas permanentes.
Kyrri
Bípedes humanóides com o corpo coberto de pêlos cinzentos, rosto semelhante ao dos macacos e olhos verdes brilhantes. Podem dar choques eléctricos e costumam ser serviçais nas Torres por terem algum nível de laran, permitindo que atravessassem o Véu.
Povo da forja
Pouco se sabe sobre este povo, apenas que eram os responsáveis pela matriz de Sharra e a cultuavam como uma divindade.
Riyachiya
Raça criada na Era do Caos por leroni (masculino: ri'chiyu; plural: riyachiyas), visando suprir tarefas cotidianas comuns e atividades sexuais. Eram vistos como uma espécie sem alma, incapaz de sentir realmente, apenas atendendo aos desejos de seus donos. Em suma, são escravos. São uma crítica ao modo como escravos, durante o colonialismo, eram vistos e a constante tentativa de criar uma raça robótica.
Ya-men
Seres semelhantes à aves cuja inteligência costuma ser questionada com frequência. São habitantes das montanhas e frequentemente vistos pelos seres humanos que vivem nas terras baixas. Também são muitos suscetíveis ao Vento Fantasma. Descritos como muito altos, com pelo menos dois metros, emplumados até seus rostos, com cabeças enormes e um bico nos rostos como estranhas aves de rapina, que movem-se com uma rapidez desajeitada semelhantes à galhos das árvores que são movidos pelo vento. Costumam viver nas profundezas das florestas, saindo quando são atingidos e enloquecidos pelo Vento Fantasma.